Em 1994, a Amil convidou Peter Drucker para falar para um grupo de clientes, prospects e colaboradores. Na época, eu era diretor da empresa, e o apresentei assim: “Nenhum analista do mundo das organizações é mais respeitado que Drucker. Ele é uma espécie de oráculo moderno. Previu muitos dos grandes temas da segunda metade do século XX: o impacto do computador, a forma pela qual a informação moldaria e alteraria a sociedade, o desafio econômico japonês, o colapso da URSS. Percebeu a necessidade de novos conceitos e, além de defini-los, inventou seus nomes: “privatização”, “sociedade do conhecimento”… Nos anos 50, notou uma revolução a caminho: sucesso nos negócios não dependeria mais da idade, tamanho, reputação, ou poderio financeiro – mas da forma como a empresa era dirigida.” No intervalo, Drucker me chamou num canto e me puxou a orelha: “Nunca faço previsões”, disse. “A última que fiz foi em 1929, quando escrevi que a bolsa de Nova York logo se recuperaria. Eu tinha vinte anos...