Alguém pagará - Crônica Narrativa
China proíbe vendas de terrenos na Lua
As autoridades de controle do comércio proibiram uma empresa chinesa de vender terrenos na Lua
por acreditar que este charmoso sonho parece, na verdade, uma grande fraude. A empresa, que
se apresentava com o nome de Embaixada da Lua, oferecia terrenos a 298 yuanes (algo como R$
81,00) por 0,4 hectare. Para as autoridades de controle citadas pelo jornal, a venda de terrenos na
Lua não passava de uma fraude.
Pelo menos 34 pessoas sucumbiram à tentação de ter um pedacinho da Lua antes de as atividades
da empresa serem suspensas.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2005/12/08/ult1594u720.jhtm>.
Acesso em: 8 maio 2017. Adap
ALGUÉM PAGARÁ
Sobre a mesa, uma xícara de chá fumegante, na televisão o noticiário. Ari se arruma para o trabalho, pensando em como enfrentará mais um dia. Ele não gosta de trabalhar, mas precisa. Já pronto, pega a xícara e começa a bebericar o líquido e prestar atenção ao noticiário. Horroriza-se com uns, conforma-se com outros e inspira-se com um: empresa chinesa vende terrenos na Lua.Vai para o trabalho com aquela novidade em mente. Percebe que precisa saber mais; pesquisa sobre o assunto na internet. Descobre ser uma empresa com filiais em vários países, incluindo o Brasil. Entra em contato, tira as dúvidas, faz as contas, assina o cheque. Caso questionado a respeito do motivo da compra, não saberia muito o que dizer. Simplesmente um negócio, um sonho. Parece legal ter um terreno na Lua. Estranhamente aquela oportunidade o seduziu sem meras razões. Dias depois havia em suas mãos um certificado de compra, em seu nome um pequeno terreno na Lua. Jamais viajará para aquele lugar. Mas irá guardar aquele pequeno bem, porque algum dia alguém pagará muito mais por aquele terreno. Acabara de achar uma razão. Pena que a venda foi ilegal, fraude. Ari ficou muito decepcionado. Respirou fundo, colocou o certificado numa moldura, pendurou em seu apartamento. Alguém algum dia pagará muito por aquele certificado.
Julie de Pádua Romão
As autoridades de controle do comércio proibiram uma empresa chinesa de vender terrenos na Lua
por acreditar que este charmoso sonho parece, na verdade, uma grande fraude. A empresa, que
se apresentava com o nome de Embaixada da Lua, oferecia terrenos a 298 yuanes (algo como R$
81,00) por 0,4 hectare. Para as autoridades de controle citadas pelo jornal, a venda de terrenos na
Lua não passava de uma fraude.
Pelo menos 34 pessoas sucumbiram à tentação de ter um pedacinho da Lua antes de as atividades
da empresa serem suspensas.
Disponível em: <http://noticias.uol.com.br/tabloide/tabloideanas/2005/12/08/ult1594u720.jhtm>.
Acesso em: 8 maio 2017. Adap
ALGUÉM PAGARÁ
Sobre a mesa, uma xícara de chá fumegante, na televisão o noticiário. Ari se arruma para o trabalho, pensando em como enfrentará mais um dia. Ele não gosta de trabalhar, mas precisa. Já pronto, pega a xícara e começa a bebericar o líquido e prestar atenção ao noticiário. Horroriza-se com uns, conforma-se com outros e inspira-se com um: empresa chinesa vende terrenos na Lua.Vai para o trabalho com aquela novidade em mente. Percebe que precisa saber mais; pesquisa sobre o assunto na internet. Descobre ser uma empresa com filiais em vários países, incluindo o Brasil. Entra em contato, tira as dúvidas, faz as contas, assina o cheque. Caso questionado a respeito do motivo da compra, não saberia muito o que dizer. Simplesmente um negócio, um sonho. Parece legal ter um terreno na Lua. Estranhamente aquela oportunidade o seduziu sem meras razões. Dias depois havia em suas mãos um certificado de compra, em seu nome um pequeno terreno na Lua. Jamais viajará para aquele lugar. Mas irá guardar aquele pequeno bem, porque algum dia alguém pagará muito mais por aquele terreno. Acabara de achar uma razão. Pena que a venda foi ilegal, fraude. Ari ficou muito decepcionado. Respirou fundo, colocou o certificado numa moldura, pendurou em seu apartamento. Alguém algum dia pagará muito por aquele certificado.
Julie de Pádua Romão
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