T alita Abrantes , de Exame.com * Respondido por Diogo Arrais, professor de língua portuguesa do Damásio Educacional Você já ouvir falar sobre verbos abundantes? São aqueles que apresentam duas ou três formas: havemos e hemos; constrói e construi; pagado e pago; secado e seco. Normalmente, tal abundância ocorre no particípio e o uso correto depende do verbo auxiliar. Vejamos: A forma regular do particípio (com final em –ado ou –ido) deve ser combinada com os auxiliares “ter” ou “haver”, como ilustra este exemplo: “Caetano havia aceitado as biografias.” Já a forma irregular do particípio – que se flexiona em gênero e número – deve ser combinada com os auxiliares “ser” ou “estar”: “As biografias foram aceitas por Caetano.” Bingo! Quer dizer que a biografia, não autorizada, foi “compra”? Jamais! A regra acima só vale para os verbos abundantes; “chegar”, “comprar” e “trazer” não são abundantes. Ratifico: inexistem as formas, no particípio, “foi compro”, “foi trago”,...