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Mostrando postagens de dezembro, 2014

Morte de grandes autores marcou ano de pouco crescimento do mercado editorial

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Maria Fernanda Rodrigues - O Estado de S. Paulo Mais do que por grandes lançamentos, o ano de 2014 ficará para sempre marcado por despedidas. Foi um ano especialmente triste para a literatura, que perdeu, num único mês, em julho, João Ubaldo Ribeiro, Ariano Suassuna, Ivan Junqueira, Rubem Alves e Nadine Gordimer. Em abril, foi o colombiano Gabriel García Márquez. Em novembro, Manoel de Barros. A Academia Brasileira de Letras recebeu seus novos imortais: Antônio Torres, Zuenir Ventura, Ferreira Gullar e Evaldo Cabral de Mello. Também imortal, o africanista Alberto da Costa e Silva recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da literatura lusófona. O ilustrador Roger Mello ganhou o Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil e juvenil. O escritor e crítico literário Silviano Santiago, o Prêmio José Donoso, e a poeta Adélia Prado, o canadense Griffin. Leia a reportagem completa aqui

Miriam Leitão: Mestres encantados

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Era com ph que se escrevia o efe no primeiro livro que li de Machado de Assis. A velha ortografia foi o ruído que desprezei pela força da história. Havia também os rastros das traças em pequenos buraquinhos entre as letras. Meu pai se orgulhava da coleção em capa dura que estava em destaque na sua estante fechada com vidro para afastar a poeira. Pena ter a ortografia caducado, mas isso não me impediu de amar Capitu e para sempre ficar prisioneira da dúvida. Vítima da desordem mental de Bentinho ou culpada pelo que escondia atrás dos seus olhos oblíquos? Eu jamais amei pessoa dissimulada, exceto Capitu. Aos 11 anos, meu pai achou que era cedo demais para Machado. “Você não vai entender”, e me apontou a coleção novinha que chegara de José de Alencar. Voltei assim que pude para Machado. As releituras são como visitas a um velho amigo. Outro dia me inquietei com a notícia de que foram feitas versões simplificadas dos seus textos oblíquos. Nada, nem a forma em desuso de se escrever as pala

A crise das prateleiras « Blog da Companhia das Letras

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A crise das prateleiras « Blog da Companhia das Letras Esta semana me deparei com um dos pesadelos dos viciados em livros: as prateleiras estavam de novo cheias. Voltei do México carregando uns 20 exemplares, somados aos brasileiros que tinham chegado por correio nos últimos meses e ao contrabando de livros de Mario Levrero trazidos por uma amiga uruguaia. O resultado era que havia livros espalhados por toda a casa em lugares inusitados. Um livro de contos de Kurt Vonnegut estava na gaveta das cuecas. O segundo volume das obras completas de Efrén Hernández, embaixo da cama. O romance da  Socorro Acioli  na cristaleira. Isso sem falar do caos em meu estúdio, onde não tenho prateleiras: só pilhas de livros nas duas mesas. Quando encontrei  La historia de mis dientes , o novo romance da Valeria Luiselli, no cesto da roupa suja, achei que era momento de agir. Fui até as prateleiras e comecei a cogitar quais livros tirar dali para deixar espaço para os novos. Os coitados escolhidos iriam, p

O livro diz #0001

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#VEMQUETAGOSTOSO0001 Sou safadinho

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#VEMQUETAGOSTOSO0001 Sou "PROFESSORES", quem me criou foi o CARLOS GERBASE . Recentemente fui comprado por uma professora, acho que foi por isso que ela me comprou. Ela pensou: "Posso melhorar minhas aulas lendo um livro que envolve a vida de professores". Ai minha Santa Biblioteca! Eu tenho que rir, eu não tenho nada de didático! Sou é muito safado mesmo, conto a vida de alguns professores e as pegações deles com as alunas. Não ! Alto lá ! Não sou erótico, apenas safado e conto coisas que os professores não podem sair contando para todos né? Eu sou envolvente, às vezes meio enrolão, mas no geral eu sou um bom livro. Falo palavrão, descrevo cenas de sexo, pensamentos mais íntimos e... opa opa ! Agora chega, afinal, estou tentando te seduzir, o restante é só na cama. Isso é se você criar o hábito de ler na cama né? Ahá! Te peguei pensando bobeira ! Se eu conseguir te seduzir você pode me achar aqui ou quem sabe tentar emprestar da minha dona, deixa um recadi

Preliminares

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Eu quero te seduzir, eu sei que você não está muito a fim, não gosta muito de me tocar, na rua passa longe de mim, nunca me dá bola, nunca fala ou olha para mim, eu sei que você não me deseja, mas eu te desejo tanto... e se eu fizer bem direitinho você me devora? Ass: um livro qualquer

Provocações pedagógicas #01

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Olá Profe ! Gostaria de que você pensasse agora naquele aluno/aprendiz que tira uma sonequinha na sua aula, ou que não para quieto na carteira ou que não sabe a hora de parar de conversar. Pense nele por alguns segundos. Pensou? ok! agora leia a frase abaixo: " O CORPO TEM RAZÕES QUE A DIDÁTICA IGNORA" Quem escreveu isso foi Rubem Alves em 1989 em uma de suas "estórias" no livro "ESTÓRIAS DE QUEM GOSTA DE ENSINAR" Minha intenção é que você tente ligar uma coisa a outra. Não quero que você finja que não viu o aluno/aprendiz dormindo ou papeando demais, mas que você tente compreender o motivo disso. Tente pensar em dois motivos para tais atitudes e compartilhasse no comentário deste post. Em breve voltamos a falar sobre esse tema! Julie F. de Pádua Romão